terça-feira, 16 de novembro de 2010

O Brasil imaginado

Brasil sempre procurou sustentar a imagem de um pais cordial, caracterizado pela presença de um povo pacífico sem preconceito de raça e religião. Durante anos alimentamos a idéia de que vivíamos uma verdadeira democracia racial, apesar das visíveis desigualdades e limites de oportunidades oferecidas negros, mulatos, índios e ciganos. Sempre interessou ao homem branco a preservação do mito de que o Brasil é um paraíso racial, como forma de absorver as tensões sociais e mascarar os mecanismos de exploração e de subordinação do outro, do diferente.
Mas será que este paraíso racial realmente existe? Olhando a nossa volta, como vivemos? Onde e em que trabalham os braços, os negros, os mulatos e os indígenas brasileiros? A que grupo racial pertence a maioria dos meninos de rua? Quantos médicos, professores universitários, padres, engenheiros, gerentes de bancos, militares, industriais, políticos ou apresentadores de televisão você conhece que sejam negros, mulatos, indígenas? Quantos personagens de novela ou anúncios não são brancos?
Qual o papel que, na maioria das vezes os negros ou mulatos assumem? e os velhos como são tratados?
Ligue a televisão no horário nobre, assista à novela das oito. Preste atenção aos comerciais. Folheando uma revista o que vemos? Ao sair de casa, observamos os outdoors, fixados ao longo das grandes avenidas, é comum o apelo sexual.
E aquelas mulheres sensuais independente, livres que tem comportamentos modernos, representam a realidade da nossa sociedade? E as mensagens são positivas para quem as assiste?
Os velhos são respeitados em seus direitos?
Poderíamos listar as mazelas que os nossos veículos de comunicação nos apresentam diariamente. É este o cenário que tem sido responsáveis pela formação dos nossos jovens já que são eles os menos resistentes aos apelos da mídia. O sonho de um pais com outra realidade está bem longe da que nos revelam as notícias de todos os dias através dos jornais revistas, rádios e televisão, no entanto a esperança existe, desde que passemos a ser pessoas com consciência crítica, primeiro passo para a mudança.

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