quarta-feira, 4 de março de 2009

Violência é lazer na televisão
Texto de Geni Gomes Nogueira 29/01/08

Hoje meu amigo me contou que tem assistido muito pouco televisão porque os programas estão muito chatos mas que ontem à noite estava procurando assistir um filme na televisão e de posse do controle remoto procurou e não foi possível já que todos sem exceção eram de violência, e daquelas que a arma era usada a toda hora.
Eu claro! Disse ele: “Não queria o melodrama de amor, o que é muito comum nas novelas”, mas um filme que instigasse a nossa inteligência, as nossas melhores emoções e não essa de ver sempre o domínio da violência.
Interessante que esta foi uma conversa da tarde, quando então vejo no jornal da noite uma reportagem dizendo que “cresce mais a violência no interior que nas cidades grandes”. Não é difícil concluir que a cultura da televisão é sim a vilã principal para que a violência seja banalizada na nossa vida.
Se não podemos deixar de assistir as varias modalidades de violência, já que ser bem informado(a) é ter conhecimento de uma realidade má, ou seja das reais tragédias, acidentes, das guerras, das disputas políticas, então o nosso lazer via televisão poderia ser de melhor qualidade, principalmente porque chega em todos os lares, principalmente em locais que tem como única distração o que eles oferecem. É o que acontece principalmente nas cidades do interior, justamente pela menor oferta dos atrativos fora de casa, daí se conclui, a todo o tempo, a cultura da violência está dentro da nossa casa.
Para os mais críticos, os mais maduros, a opção em assistir filmes com tamanha violência é substituída por outro lazer, mas para outros que não trocaria tv por um livro, uma música, o resultado é aceitar como normal e ir se acostumando aos variados métodos de agressividade, de morte. E daí está dentro de cada lar, assim como outros ambiente, que tem uma tv ligada, os filmes na sua maioria cultuando a violência o tempo todo. Estou destacando os filmes, mesmo sabendo de outros lazer via tv com muita violência, até mesmo nos seus diálogos, por exemplo as novelas.
Ilustrando e fazendo uma confirmação do que estou defendendo aconteceu comigo domingo, quando tive na casa da minha irmã que estava com o netinho Lucas em visita e portanto o centro das atenções. Criança na casa dos avôs é assim mesmo todos querendo agradar. Eu também que tinha muitos dias que não o via, queria ter sua atenção e procurei uma brincadeira que o agradasse, mas ele queria é brincadeira de guerrear, entrei na dele fiz a chamada defesa aos seus lances, mas logo caí na real e disse, “Olha eu sou de paz “. Conclusão! As crianças estão mesmo assimilando bem o que as televisões estão mostrando até nos filmes infantis que é também de muita violência.
Enfim se queremos mudar comportamentos na nossa sociedade, temos que pensar sobre o lazer que a tv oferece e saber que ela poderia contribuir para levar a uma cultura da paz, dos valores do bem, ou não, mas o resultado está aí.
Que os responsáveis em escolher lazer via tv, perceba a importância, a responsabilidade que tem os programas, principalmente os filmes, as novelas, na formação do povo em sua grande maioria.
Se um dia a violência não for mais lazer na televisão, quem sabe as notícias que assistiremos nos jornais, seriam também melhores? Esta é uma pergunta que eu ouso dar a resposta, ou seja, o que é bom trás bons resultados assim como o mal também frutifica. Quem tem esperança de viver em um mundo melhor está aguardando na expectativa de que os que podem escolher a cultura da paz e não a da violência para os programas da TV não percam esta oportunidade e chegue a conclusão que o lazer com violência na televisão é uma opção que precisa mudar.

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