quinta-feira, 5 de março de 2009






LUGAR DE MULHER

Texto de Geni Gomes Nogueira


Lugar de mulher é em todo lugar, inclusive na política. Se tivéssemos mais mulheres atuando nessa esfera, em diversos países do mundo, a situação da política poderia estar muito diferente, penso eu. Isso porque, a sensibilidade, conjugada com a racionalidade femininas, contribuiriam para o desenvolvimento de um modelo melhor, mais sensato de governo.
Inicio assim meu texto, já que o mês de março é indicado a reflexões de diversas questões que dizem respeito às mulheres. O importante é que tais idéias sejam socializadas, inclusive levando em conta que as mulheres, mesmo após inúmeras conquistas, continuam “correndo atrás". A mulher teve direito ao voto somente a partir de 1934 e sua atuação é reflexo da evolução de seu papel na história. “Se muito foi conquistado, temos ainda muito a conquistar “.
Voltamos na história, o filósofo do período iluminista, Montesquieu, em sua obra mais famosa, "O Espírito das Leis", dividiu os poderes nas seguintes esferas: Executivo, Legislativo e Judiciário. Tal divisão prevalece até hoje. Os concursos para
os cargos no poder judiciário tem levado algumas competentes mulheres a ocupar espaços de relevo. Que bom! O que não acontecia antes.
Acredita-se muito dos entraves que assolam o país estão na esfera política, que remunera muito bem aqueles que a ocupam, mas inúmeras vezes abre precedentes para a indignação do povo, seja por causa da morosidade dos serviços ou pelo não cumprimento das funções a que se destina. Acredito que mais mulheres, ocupando espaço na política, só iriam contribuir para melhorias.
A mulher no parlamento, ocupando mais espaços no poder legislativo, fará também muita diferença, ou melhor, fará diferente. Claro que existem as exceções. Mas se a mulher não quer lutar pela carreira política, ocupando os espaços de poder, competindo com os homens em igualdade de direito, para ser representante do povo, como é o caso da maioria das mulheres, deve, no mínimo estar comprometida com a constante busca de informação, de conscientização política, tendo uma atuação cidadã. Cada pessoa tem o direito de fazer o seu projeto de vida de forma que lhe convier, como havia concluído o que se
busca é a valorização do nosso papel.
Na vida política, podemos colaborar com os bons projetos ou mesmo como denunciadoras das más políticas, consequentemente, dos maus políticos. Cada uma de nós, em nosso meio e com os recursos que temos. Não existe atitudes de neutralidade nesse campo, porque se faz necessário um posicionamento concreto: ou você faz a política da justiça ou a da dominação.
Este mês de março é bom reconhecer o valor da atuação das mulheres em todos os lugar mas principal louvar aquelas mulheres que optam por ser atuantes na esfera política. Todas aquelas que tem uma alma guerreira, abraçam causas coletivas e não apenas subjetivas. Nossa participação tem que crescer mais e mais, esse é nosso destino.
Enfim, o mundo, historicamente, existe em torno do poder, e as mulheres devem estar comprometidas em fazer parte desse poder, com persistência e perseverança, caminhando jutas, sem intenção de ultrapassar os homens, mas caminhando ao lado deles, interagindo nesse complexo mecanismo político, tão essencial para a vida de todos.

Nenhum comentário: