domingo, 29 de maio de 2011

Ajudando mesmo não querendo



28/05/2011 Texto de Geni Nogueira



Não queria mesmo acolher nenhum cachorro(a) por um tempo, afinal tive algumas adoções bem sucedidas este ano, mas queria dar um tempo para outras atenções e sei que quando trazemos para dentro da casa da gente o envolvimento é total, mesmo que sendo por pouco tempo já que a adoção pode acontecer rápido, mas é um risco do stress que eles (as) dão, quando ficam por dias sob nossos cuidados.

Como a vida nos surpreende, hoje fui surpreendida, justamente naquilo que não consegui dizer não, principalmente quando a situação é mesmo necessária, aí já viu! Sombração sabe para quem aparece.

Graça minha amiga, grande protetora, do blog: adocaobh.blogspot.com, me liga pedindo que recebesse uma cachorra e seus 6 cachorrinhos, que estavam em situação muito triste porque não podiam mais ficar na casa onde estavam, não aceitavam mais ficar com ela e seus cachorrinhos, e assim estava desesperada sem saber o que fazer. Nem procurei saber os motivos, mas resisti no primeiro momento dizendo que não queria porque é muito pra mim como já sabe estou com duas cachorrinhas em casa.

No entanto, não consegui deixar de socorrê-las. Eu tenho felizmente um belo espaço para ajudar, então a compaixão me tocou e eu estou hoje com a situação solucionada para ela e as protetoras anteriores, mas sei que empenharão para fazer a adoção, e espero que aconteça rapidamente. Trabalho é inegável que dão.

Quem esta na causa animal tem que ter parceria, o problema é mesmo difícil para uma pessoa apenas. Procuro não facilitar trazendo para casa, mas em alguns casos é preciso acolhê-los(as).

Interessante é como a mãe cachorra é maternal, muito melhor que pessoas insensíveis até com seus próprios filhos. Foi também interessante ver a abnegação de muitas pessoas naquilo que fazem, principalmente quando escolhem acolher os animais que para muitos é um esperdício do seu tempo, afinal tem tanta criança para ajudar, isto além dos velhos.

Se todos pensarem assim como ficam os animais? Não tem o talento da fala para pedir e precisam ser assistidos nas necessidades básicas, já que não exigem mais que isso, e são também criaturas de Deus com a mesma essência Divina.

A Graça que é a responsável por estar inclusive fazendo estas reflexões, disse que até àquela hora, e já eram 16:00 horas, estava sem se alimentar, sem almoço justamente pelo envolvimento do problema da cachorra de nome pretinha e seus filhotes. É também daquelas pessoas interessante que tem muita compaixão pelos animais e se propõe ajudar, o que tem acontecido como opção de vida, já que está a frente do projeto de castração e adoção em Belo Horizonte.

Penso que quem defende causas altruístas e neste caso a causa animal, deve ter uma saúde de boa a razoável qualidade, e principalmente não ter preguiça, ou melhor estar disposto(a) para o trabalho. Precisa ser também prático(a) em suas ações. E sem dúvida o carro chefe de suas emoções é a compaixão e a caridade.

Poderiam concluir depois das minhas colocações que são pessoas próximas a santidade, mas não é essa a pretensão nas minhas colocações, afinal são certamente seres imperfeitos mas que na Escola da vida sentem mais prazer em ter vida útil. Estaria eu aí enquadrada? Afinal estou ajudando mesmo que no primeiro momento não quisesse.

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