terça-feira, 19 de abril de 2011

Escola Local de vida não de morte

Escola é local de vida e não de morte




Texto de Geni Nogueira - 15/04/2011



Eu sempre defendo um menor numero de alunos em sala de aula para que possamos observar, perceber, orientar, avaliar e estimular.

Esta semana aconteceu uma tragédia em uma Escola municipal de Realengo e onde teve um ex aluno como um assassino, no entanto ele não foi percebido como deveria ter sido, apenas sua timidez era sua característica observada. Um aluno(a) que não incomoda, deveria nos incomodar. É bom que possamos perceber todos nossos alunos(as).

Quando pudermos orientar avaliar e estimular cada aluno(a), o resultado será melhor. Nenhum professor deve desvincular o papel de transmissor do conhecimento específico conforme sua área, do papel de educador, afinal a Escola é o agente de transformação da sociedade, é um agente de prevenção, quando cumpre bem o seu papel, e a parceria pais e professores darão bom resultado quando pudermos avaliar não apenas em sua aprendizagem, mas em seu comportamento, seu caráter. A partir daí estimular uma mudança de atitude. Levar nossos alunos(as) a ter interesse em seus estudos e escolher ações que sejam positivas, do bem, é o nosso objetivo enquanto educadores.

Ao entrar na Escola armado e com farta munição, demonstra que não foi por falha da portaria da Escola, pois acredito que nenhum detector de metais evitaria que mentes doentes fizesse o que fez o ex- aluno, ele faria sua ação terrorista em qualquer lugar, escolheu a Escola, mas nada o deteria do intento do mal.

Infelizmente foi em uma Escola onde foi estudante, que escolheu para matar, daí a reflexão sobre o que a instituição Escola poderia ter feito por este ex aluno, enquanto esteve sendo assistido por vários professores.

Volto a dizer que em primeiro lugar para se cumprir bem o papel de transmissor de conhecimento específico da área e o de educador, o(a) professor(a), deveria ter um bom número de alunos em sala de aula que permita que se conheça melhor cada um de seus alunos, ir além da sua avaliação conteudista.

Encaminhar quando observar personalidade com sintomas de anormalidade para um acompanhamento psicológico que a muito deveria ter na Escola. Não seria um tratamento em definitivo visto que a dinâmica da Instituição o atenderia em curto prazo, mas seria mais um suporte para que a Escola cumpra o seu papel de agente de transformação do ser humano em fase importante de sua vida.

Defendo também que um agente educacional possa visitar as famílias dos(as) alunos(as) que precisam de assistência especial, parceria direta com a família.

Acredito que nas imediações da cada escola deveria ter sim um policiamento, mesmo que seja um guarda municipal para agir nos casos de ação imediata.

Neste caso do assassinato na Escoa de Realengo as analises de erros e acertos nesta tragédia o policial armado nas imediações deu bom resultado então é continuar com a segurança externa sim.

Quanto ao uso de câmara nas partes internas da Escola é positivo, está comprovado que o uso dessa tecnologia funciona com um bom resultado.

Mas é dentro da sala de aula que a mudança tem que acontecer. E as condições devem ser favoráveis, então o numero de aluno(a) para que seja possível identifica-los bem cada um deles(as) é a mudança necessária. O quesito assistência mais particular com nossos alunos para percebê-los melhor, e poder fazer um acompanhamento que é merecedor, deveria acontecer.

Por fim a Escola é um lugar de vida, mais que isto, de qualidade de vida, e não um local de tragédia e de morte.

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