Vida de mulher texto de Geni Nogueira - 2010

É este o título que prefiro dar, no entanto é sobre a vida que faço a reflexão, e em destaque a vida de nós mulheres.

Quando jovem a vida nos celebra o tempo todo, a vida tem várias ofertas, tem o colorido da juventude que tem em si ou deveria ter a alegria, achando tudo graça em tudo. Afinal a vida está pedindo que procrie, que encontre razão da sua existência na continuação da espécie. Parece que o sentido maior da existência é este.
É o que podemos dizer   "o amanhecer."

Quando a maturidade, fase da juventude passa, a vida parece que o desampara, não tem mais o celebrar da vida o tempo todo. A rudeza ou melhor a aspereza da nossa existe vem á mostra. É o que podemos dizer o anoitecer. Se não teve filhos(as), parece que não foi coroada na vida, inclusive para fugir de um sentimento de estar incompleto na vida é melhor que encontre utilidade nos projetos que tem interesse, afinal sempre temos talentos para alguma causa. É assim o colocar sentido na existência, é ter uma vida utilitária, para sentir feliz.

Cabe a nós mulheres não penhorar nossa felicidade no homem. Aceitar que tudo tem seu momento, sua época, como na vida tudo passa, resignar na procura de outros interesses. Se não der certo em ser feliz no amor de um homem, que a palavra amor seja ampliada para outros(as) merecedores do nosso amor.

A velhice chega, com ela a serenidade da busca da caçada para o encontro amoroso, penso que assim é o ideal. Desistir de ser feliz nunca, mas a angustia de encontros e desencontros melhor dizendo quando o desejo é controlado, a sabedoria deve ser  a companheira.
A vida parece que realmente desampara o velho(a). A máquina começa dar sinais de fadiga. O funcionamento do corpo não acompanha o da alma, afinal as células é que envelhecem a alma permanece jovem e os que tem a sabedoria de viver tiram partido sim dessa época. Para muitos(as) é momento de nostalgia, de infelicidade, mas para quem vê mais longe, sabe que é momento de espiritualizar afinal está chegando o momento de retornar ao colo do pai. "E no anoitecer tem cada por do sol!"